sexta-feira, 28 de maio de 2010

Militares da NATO desfilam pela primeira vez em Moscovo

Antigos inimigos da Guerra Fria celebram em conjunto vitória sobre Alemanha nazi.

Militares americanos, britânicos, franceses e polacos participaram ontem, pela primeira vez, ao lado de cerca de dez mil soldados russos no desfile na Praça Vermelha, em Moscovo, que assinala a vitória de 1945 sobre a Alemanha nazi.
Presidida pelos líderes russos, Dmitri Medvedev e Vladimir Putin, que se encontravam acompanhados pelo Presidentes chinês, Hu Jintao, e israelita, Shimon Peres, e pela primeira-ministra alemã Angela Merkel, entre outros dirigentes, a parada prolongou-se por quase hora e meia, dividida em duas partes. Uma primeira, de carácter histórico, em que desfilaram os tanques soviéticos T-34 e militares com os uniformes da época da II Guerra Mundial. Seguiu-se a passagem dos mais modernos equipamentos russos, entre mísseis intercontinentais Topol-M, sistemas tácticos Iskan- der-M e de defesa antiaérea Pantsir-S, além de aviões de combate MiG-29 e Su-27.
Mais de três mil veteranos da II Guerra Mundial, russos e estrangeiros, participaram nas cerimónias, durante as quais Medvedev salientou o facto do conflito ter "transformado a Rússia numa nação poderosa." Uma nação que "não alcançou tão somente uma vitoria militar", obteve também "uma vitória moral". O Presidente russo sublinhou, por outro lado, a importância da cooperação internacional para evitar novos conflitos armados. Medvedev evocou a presença das forças ocidentais como prova da "solidariedade" e dos "valores humanos comuns", factores indispensáveis ao "de-senvolvimento do mundo contemporâneo".

Nesta que foi a maior parada militar realizada em Moscovo desde Junho de 1945, um dos momentos mais significativos sucedeu quando as unidades americanas, britânicas, polacas e francesas desfilaram ao longo dos muros do Kremlin ao som de mais de 50 bandas provenientes dos países presentes na cerimónia. Os custos do evento - 1,3 mil milhões de rublos ou 34 milhões de euros - foram criticados pela oposição, que os considerou um desperdício de fundos em época de crise.
A presença dos efectivos da NATO - o inimigo de Moscovo na época da Guerra Fria - foi acolhida com agrado entre populares e veteranos. "A presença de militares da Grã-Bretanha, dos EUA e da França é boa para as relações entre todos", referia à AFP Vassili Smoline, de 90 anos, tenente-coronel reformado, que trazia na mão uma flor oferecida por uma jovem. Por tradição, os antigos combatentes são felicitados neste dia pelos transeuntes que lhes oferecem flores em sinal de agradecimento pela sua luta contra o III Reich, de Adolf Hitler.
Como recordava outro veterano, Iuri Serioki, de 88 anos, "não há praticamente família na Rússia que não tenha perdido familiares" na guerra.
No total, entre civis e militares, terão morrido 25 milhões de cidadãos soviéticos no conflito.

Eurocéptico Cameron estreia-se no palco europeu com Sarkozy

Novo líder britânico escolheu Paris para a sua primeira visita ao estrangeiro. Hoje estará com a chanceler Angela Merkel.

"Penso que começámos com o pé direito", lançou o sorridente Presidente francês, Nicolas Sarkozy, ao lado de David Cameron. Paris foi o destino escolhido pelo novo chefe do Governo britânico para a sua primeira viagem ao exterior. Depois de jantar ontem no Palácio do Eliseu, o primeiro-ministro conservador estará hoje na Alemanha com a chanceler Angela Merkel.
"Disse a David Cameron como estou feliz por trabalhar lado a lado com ele na Europa, mas também no quadro das nossas actividades do G8 e do G20", disse Sarkozy, indicando que a presença do Reino Unido na Europa é "absolutamente estratégica". Por seu lado, o primeiro-ministro britânico lembrou que é um "interesse nacional" do seu país "que a Zona Euro seja forte, estável e cresça". Mas repetindo que Londres ficará fora da moeda única.
Cameron foi recebido ainda na escadaria do Palácio por Sarkozy. Sempre com um sorriso rasgado, o Presidente cumprimentou o primeiro-ministro com um aperto de mão e uma palmadinha nas costas. Gestos calorosos para dizer que quaisquer desentendimentos fazem parte do passado.
A última vez que se tinham cruzado foi em Londres quando Cameron ainda era o líder da oposição. Na altura, o britânico deixou claro que uma relação forte com a França seria a "prioridade" de um eventual Governo conservador. A reunião teve lugar apesar das boas relações do francês com Gordon Brown e das suas críticas à decisão do actual primeiro-ministro britânico de retirar os seus eurodeputados do grupo do Partido Popular Europeu (centro-direita).
Em relação ao facto de o britânico ser um eurocéptico, o Presidente francês terá dito, ainda antes da vitória de dia 6: "Se Cameron ganhar, fará como os outros. Começará antieuropeu e acabará pró- -europeu. É a regra." E já está a ser provada, especialmente devido à necessidade de coligação com os liberais-democratas (europeístas) para poder governar.
No novo programa apresentado ontem por Cameron e Nick Clegg podia ler-se que o Reino Unido se empenha em desempenhar um papel de primeiro plano no seio da União Europeia. E além de o novo Governo prometer que não haverá transferência de novos poderes para Bruxelas sem um referendo, foi suavizada a posição dos liberais de exigir que a União Europeia devolvesse algumas das suas competências ao Governo britânico.
Ontem, depois do jantar, em que a crise económica terá sido o prato principal, Sarkozy aproveitou ainda para garantir estar "de acordo" com Merkel no princípio da necessidade de estabelecer sanções "mais eficazes" contra os países cujos défices são elevados.
A chanceler, que ao contrário de Sarkozy optou por não se encontrar com o então líder da oposição em Londres, recebe hoje Cameron. "A conversa será focada nas actuais questões financeiras e económicas, assim como nos temas bilaterais, europeus e internacionais", dizia o comunicado.

Brown demite-se para facilitar pacto com liberais

Clegg aplaude decisão e lamenta falta de acordo com partido de Cameron.

Gordon Brown ofereceu ontem a sua demissão da liderança dos trabalhistas britânicos para facilitar a abertura de negociações com os liberais-democratas, tendo em vista a eventual formação de uma coligação progressista para governar o Reino Unido.
"Na condição de líder do partido devo aceitar que há um julgamento sobre mim. E em consequência disso entendo pedir ao Labour para pôr em marcha os procedimentos necessários para a eleição de um novo líder", disse o actual primeiro-ministro, numa declaração que fez à imprensa no n.º 10 de Downing Street.
"Espero que tudo aconteça para que o novo líder esteja em funções na conferência do Labour", marcada para os dias 26 a 30 de Setembro em Manchester, disse, precisando que não participará nessa eleição e que não apoiará qualquer candidato.
Este é um gesto que está a ser entendido como uma oferta aos liberais-democratas de Nick Clegg, o qual tinha desde o início dito que a saída de cena de Brown era uma pré-condição para negociar. "Acho que este anúncio pode ser um elemento importante numa transição suave para um Governo estável que todos merecem", disse logo em seguida Clegg, num comunicado enviado à imprensa.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Aquecimento Global


O Aquecimento global é um fenómeno climático de larga extensão, um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. O significado deste aumento de temperatura é objecto de análise por parte dos cientistas.
Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes de origem humana na atmosfera é causa do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos retêm uma parte dessa radiação que seria reflectida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global.
Denomina-se efeito de estufa à absorção, pela atmosfera, de emissões infravermelhas impedindo que as mesmas escapem para o espaço exterior.

A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados mostram que o aumento médio da temperatura foi de 0.5 ºC durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000.
Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas que estão a diminuir, do aumento do nível global dos mares, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo. Maiores períodos de seca, furacões mais intensos e inundações são cada vez mais frequentes.
Um, aumento nas temperaturas globais pode causar alterações, incluindo o aumento do nível do mar e em padrões de precipitação resultando em enchentes e secas. Pode também haver alterações nas frequências e intensidade de eventos de temperaturas extremas, apesar de ser difícil de relacionar eventos específicos ao aquecimento global. Outros eventos podem incluir alterações na disponibilidade agrícola, recuo glacial, extinção de espécies e aumento em vectores de doenças.
Alguns destes fenómenos são já observáveis por todo o planeta, nomeadamente em Portugal, principalmente o fenómeno da irregularidade das estações, sendo que o Verão cada vez se prolonga até mais tarde e, em consequência, chega mais tarde e prolonga-se até mais tarde. Um dos fenómenos que também é visível, é a redução dos glaciares no Árctico que estão a provocar um aumento do nível médio das águas, começando a ameaçar povoações. Outro fenómeno que aconteceu recentemente foi a erupção de um vulcão na Islândia, muitos cientistas pensam que pode ser uma causa directa do aquecimento global.
Incertezas científicas restantes incluem o exacto grau da alteração climática prevista para o futuro, e como essas alterações irão variar de região para região ao redor do globo.
Existe um debate político e público para se decidir que acção se deve tomar para reduzir ou reverter aquecimento futuro ou para adaptar às suas consequências esperadas.
O Protocolo de Quioto visa a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. Contudo os EUA, o maior poluidor mundial, ainda não assinou esse protocolo.

Por: Sónia Casado

Mundial de Futebol 2010


A Copa do Mundo FIFA de 2010 é a 19º edição do evento e ocorrerá pela primeira vez no Continente Africano tendo como anfitriã a África do Sul.
A África do Sul construiu cinco novos estádios de futebol em preparação para a Copa do Mundo FIFA de 2010. Será a primeira vez da história do país que a região terá estádios especialmente dedicados ao futebol. Sob o antigo governo do apartheid, os estádios eram construídos exclusivamente para o rugby e o críquete.
A África do Sul tem pouca tradição no futebol, em 2002 participou da Copa da Coreia e Japão no grupo B, sendo eliminada na 1.ª fase da copa num grupo em que participavam as selecções da Espanha, da Eslovénia e do Paraguai, participou também da Copa de 1998, na França.
Uma delegação da FIFA completou uma primeira visita à África do Sul depois que o país foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2010. Os dirigentes disseram em seguida que vários aspectos técnicos e legais foram debatidos antes de os membros da FIFA deixarem o país.
"A FIFA está procurando cumprir todo o processo do país-sede o mais rápido possível e vai montar um escritório na África do Sul no início do ano que vem", disse Danny Jordaan, que encabeça o comité local.
Um comité de quatro homens, do qual Jordaan é um dos integrantes, foi composto para acertar a organização local.
Em meados de 2008, em virtude dos atrasos nos preparativos com a possibilidade da África do Sul não terminar a tempo as obras necessárias, especulou-se sobre a troca da sede da Copa. Foram cogitadas a Alemanha que possuía toda a estrutura montada para a Copa do Mundo 2006,além da Espanha e Austrália.
Uma greve foi iniciada pelos operários sul-africanos no dia 8 de Julho de 2009. Obras nos estádios, rodovias, ferrovias, aeroportos e hospitais chegaram a ser interrompidas. Os operários pediam algo em torno de 15% de aumento salarial[2] Os atrasos, que já eram evidentes ficaram mais complicados com a greve. Representantes da organização do torneio chegaram a admitir que o cronograma das obras poderia sofrer alterações[
Assim como nos últimos mundiais, este ano a competição também terá a presença de 32 selecções, que foram classificadas através do processo eliminatório iniciado em 25 de Agosto de 2007 e finalizado em Novembro de 2009.
As vagas estão distribuídas pela confederação africana com seis vagas (incluindo o país-sede), asiática com quatro, norte-americana, centro-americana e caribenha com três, sul-americana com quatro e europeia com treze. A oceânica disputou uma vaga de repescagem com o quinto colocado das eliminatórias asiáticas. Há uma outra vaga de repescagem, que foi disputada entre o quinto colocado das eliminatórias sul-americanas e o quarto colocado das eliminatórias norte-americana, centro-americana e caribenha.
Neste mundial, as duas Coreias disputarão, pela primeira vez, uma mesma Copa do Mundo. Destaca-se também, a 19ª participação do Brasil no torneio, mantendo seu recorde de ser a única selecção a participar de todas as edições.

Por: Sónia Casado

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A estreia portuguesa no maior circuito mundial de poker


Arranca esta terça-feira no Casino de Vilamoura a primeira etapa portuguesa de um dos mais prestigiados circuitos de 'poker' da actualidade: o European Poker Tour, cujo primeiro prémio é de dois milhões de euros
Pela primeira vez, um dos mais prestigiados circuitos de poker da actualidade passa por Portugal.
O European Poker Tour arranca hoje no Casino de Vilamoura com prémios na ordem dos dois milhões de euros. A entrada ascende a 5300 euros, o que garante uma fasquia alta entre participantes nacionais e estrangeiros.
Em competição, no Algarve, estarão alguns dos melhores praticantes da actualidade como Bertrand Grospellier, Peter Eastgate - o mais novo vencedor de sempre das World Series of Poker em Las Vegas e Vanessa Rousso. Outros grandes nomes do poker mundial com presença marcada para Vilamoura são Luca Pagano, Katja Thater e Chad Brown. A "armada" portuguesa será representada por Henrique Pinho, Nuno Coelho e Luís Medina, membros da equipa Portuguesa PokerStars Pro.
A estreia de Portugal no calendário desta competição dá-se na sexta temporada do European Poker Tour. A anterior tornou-o no maior circuito de torneios de poker a nível mundial. No entanto, se esta é a primeira visita a Portugal, os jogadores nacionais já obtiveram alguns resultados de excelência em anos anteriores, como o comprovam um segundo lugar de Ricardo Sousa" na 4.ª temporada, e uma vitória de João Barbosa na 5.ª temporada, ambos em Varsóvia.
Por outro lado, tanto o Solverde PokerSeason como o Betfair Portuguese Poker Tour são eventos nacionais que alimentam uma comunidade que não pára de crescer.
O torneio começa dia 17 de Novembro e termina no próximo domingo, dia 22 de Novembro em Portugal seguindo-se as restantes etapas do torneio em Praga, Baamas, Deauville e Copenhaga. O circuito termina em Monte Carlo no final de Abril.

Fernando Santos

Vítimas de Sociedades pouco desenvolvidas


No Mundo ainda morrem mulheres durante o parto por falta de condições, ainda existe discriminação entre homens e mulheres, ainda existe pobreza. O Dia Mundial da População visa alertar para estes e muitos outros problemas existentes em sociedades menos desenvolvidas.
O UNFPA, Fundo das Nações Unidas para as Populações decidiu em 1987 instaurar o dia 11 de Julho como o Dia Mundial da População, como forma de dar destaque às dificuldades que as populações encontram nos países em desenvolvimento.
Todos os dias a UNFPA trabalha junto destas populações com o objectivo de reduzir a pobreza, fazer com que todas as gravidezes sejam desejadas, que todos os partos sejam realizados sem perigo, que todos os jovens sejam protegidos do HIV e que todas as raparigas e mulheres sejam tratadas com dignidade e respeito.
Na sua declaração oficial do dia 11 de Julho, Thoraya Ahmed Obaid, directora executiva do UNFPA diz: “Hoje, que celebramos o dia mundial da população, a crise económica e financeira ameaça apagar os ganhos que foram arduamente adquiridos relativamente aos planos educativos e sanitários nos países em desenvolvimento. Raparigas e mulheres integram o grupo mais vulnerável. Deste modo, o tema do dia mundial da população assenta este ano no investimento às mulheres. Mesmo antes da crise, este grupo representava a maioria dos pobres no mundo. Mulheres e raparigas encontram-se actualmente em desvantagem na pobreza e enfrentam riscos acrescidos, especialmente se estiverem grávidas”.
De uma forma geral é necessário que se efectuem políticas visando a redução da mortalidade infantil, o aumento da esperança de vida mas sobretudo reduzir a pobreza extrema para metade em 2015.
Para isso, “é necessário que todos os dirigentes façam da saúde e dos direitos das mulheres uma prioridade política, uma vez que o investimento na educação das raparigas levará à correcção económica e consequentemente ao crescimento económico a longo prazo, reduzindo assim a desigualdade e a pobreza”, apela Thoraya Ahmed Obaid.

Fernando Santos